Até o Limite do Universo Observável
Astronomia

Até o Limite do Universo Observável



A Lua, nosso belo satélite natural, formado a partir de nosso ainda  mais belo planeta, é o corpo celeste mais próximo de nós, a singelos 385 000 km médios. Ela é o único lugar, além de nossa casa Terra, onde pudemos botar nossos próprios pés, até agora. Depois dela, temos nossos dois vizinhos, Vênus e Marte. Eles, porém, estão bem mais distantes do que nossa pequena Lua, a médios 108 e 227 milhões de km (distância mínima), respectivamente.

Nosso Sol é o rei do Sistema Solar, que nos forneceu e ainda nos fornece não somente luz e calor para o desenvolvimento da vida, mas também a própria matéria para a origem de nosso planeta, há mais de 4.5 bilhões de anos. Ele não está tão mais distante em relação à nossos vizinhos: nós o orbitamos a cerca de 150 milhões de km, uma Unidade Astronômica (UA).


Nos separando de Netuno, o último planeta de nosso sistema planetário, estão cerca de 29 UA's, ou seja, 4 bilhões e 350 milhões de km. Vemos que as distâncias começam a ficar muito expressivas e o km não é mais eficiente para ser usado. Daqui em diante, precisamos usar somente unidades de medida próprias da astronomia.

Para além de Netuno, está o Cinturão de Kuiper, onde Plutão e outros milhões de objetos gelados-rochosos, compondo uma faixa que orbita o Sol de 30 à 50 UA, a uma distância praticamente igual da Terra.

E, por fim, chegamos ao limite do Sistema Solar, ao lugar chamado de Nuvem de Oort, a origem dos cometas de longo período. Ela está a quase 1 ano-luz de distância do Sol e de nós.


Começamos a perceber que a distância entre o Sol e a Terra, antes imaginada "grande" é desprezível a medida que nos distanciamos e que, a partir de agora, adentramos o que é conhecido como Meio Interestelar. Agora, estamos viajando não pelo nosso Sistema Solar, mas pela nossa galáxia, a Via-Láctea.

A estrela mais próxima de nós, além do Sol, é, na verdade, um conjunto ternário de estrelas, o Alpha Centauri, composto por Alpha Centauri a, b e c. Elas estão a cerca de 4,2 anos-luz de nós.

Desde então, passamos por muitas estrelas, algumas em aglomerados abertos (reuniões com milhares de estrelas próximas), como o NGC869, a "incríveis" 7600 anos-luz. Também nebulosas, como a Nebulosa de Órion ou a Nebulosa Cabeça de Cavalo, ambas a cerca de 1600 anos-luz.
Nebulosa de Órion (a esquerda) e Nebulosa Cabeça de Cavalo
Pelo nosso encantador percurso pela galáxia também encontramos buracos negros: o mais próximo de nós, o V4641, está a "somente" 1 600 anos-luz. Ou talvez uma peculiar estrela de Nêutrons, como a Cassiopéia A, a 11 000 anos luz.

Encontramos aglomerados estelares ainda mais densos que os aglomerados abertos, nós os chamamos de "aglomerados globulares", que possuem reuniões de milhões de estrelas, como o 47 Tucanos, a 16 700 anos-luz de nós.
aglomerado 47 Tucano
Também passamos pelo centro da nossa galáxia, que fica a 8 300 parsecs (pc), onde jaz um gigantesco buraco negro supermassivo, que é fundamental para o equilíbrio estrutural de nossa galáxia.

Depois de tantos incríveis objetos encontrados no meio interestelar, podemos também, com a imaginação, deixar nossa galáxia, e entrar para o meio intergaláctico.

Agora não há mais estrelas no espaço, é somente o vácuo e as distantes galáxias ao longe.
Porém, nossa galáxia não está tão solitária: ela compõe o que chamamos de "Grupo Local", formado por ela e por galáxias nas imediações. Nossa Via-Láctea e a também grande Galáxia de Andrômeda, que está a 2 milhões e meio de anos-luz de nós, por serem maiores e mais massivas, são os centros gravitacionais do grupo. O Grupo Local tem 35 galáxias, com um diâmetro de mais de 10 milhões de anos-luz.
o Grupo Local
E no entanto, também o Grupo Local faz parte de um grupo: o aglomerado de Virgem, que contém cerca de 1 500 galáxias. Ele é o aglomerado mais dominante no que chamamos de "Superaglomerado de Virgem", a superestrutura cósmica que estamos incluídos. Ele possuí cerca de 100 grupos e aglomerados galácticos, com mais de 3000 galáxias e um diâmetro de mais de 200 milhões de anos-luz.


E por fim, chegamos ao limite do Universo Observável, a 46 bilhões de anos-luz (14 bilhões de parsecs) de nós, que corresponde uma pequena fração do Universo. Ele compõe mais de 80 bilhões de galáxias, que forma entre si milhões de aglomerados e superaglomerados de galáxias, com pelo menos 50 bilhões de trilhões de estrelas. O Universo é tão gigantesco e se expande tão rapidamente, que a grande maior parte dele ainda nos é um mistério: pois a luz destes objetos ainda não teve tempo de chegar até nos, e talvez nunca tenha.
O Universo Observável, com o Superaglomerado de Virgem no centro





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