Supertempestade em Saturno 'revira' gelo do planeta, diz Nasa
Astronomia

Supertempestade em Saturno 'revira' gelo do planeta, diz Nasa


Pela primeira vez foi detectado gelo formado a partir de água no planeta.
Tormenta atingiu Saturno em 2010 e ocorre a cada 30 anos, afirma agência.


Imagem mostra formação de supertempestade no hemisfério norte de Saturno  (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial)
Imagem mostra formação de supertempestade no hemisfério norte de Saturno (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Instituto de Ciência Espacial)

Uma supertempestade que atingiu Saturno "revirou" gelo da atmosfera do planeta, segundo uma pesquisa publicada na revista científica "Icarus". As informações sobre o estudo foram divulgadas nesta terça-feira (3) pela agência espacial americana (Nasa), que classificou a tormenta como "monstruosa".
O fenômeno gigantesco irrompeu em dezembro de 2010 no planeta, afirma a agência espacial. Tempestades deste gênero costumam aparecer no hemisfério norte de Saturno a cada 30 anos, em média.
A análise dos cientistas e as medições próximas ao infravermelho feitas pela sonda espacial Cassini formam juntas a primeira detecção já realizada de gelo formado a partir de água em Saturno. A água, afirma a Nasa, se origina das profundezas da atmosfera do planeta.
"A nova descoberta da Cassini mostra que Saturno pode 'desenterrar' materiais a mais de 160 km [no fundo da atmosfera]", afirmou Kevin Baines, um dos autores do estudo e cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em entrevista à instituição.
"Isso demonstra de maneira muito realista que Saturno, apesar de parecer um planeta 'pacato', pode ser tão tão ou mais explosivo que Júpiter, conhecido pelas tempestades", reforçou Baines.
A pesquisa descobriu que as partículas que formam as nuvens no topo da tempestade são compostas de três substâncias: gelo de água, gelo de amônia e uma terceira substância que possivelmente é hidrossulfeto de amônio.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/09/supertempestade-em-saturno-revira-gelo-do-planeta-diz-nasa.html



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