Queda de satélite nesta semana aumenta tensão com lixo espacial
Astronomia

Queda de satélite nesta semana aumenta tensão com lixo espacial


Um satélite desativado do tamanho de um ônibus vai cair em algum lugar da Terra nesta semana, provavelmente entre a quinta e a sexta-feira.
A informação é da Nasa (agência espacial americana), que afirma, porém, que as chances de que alguém seja atingido são mínimas --cerca de 1 em 3.200.
Lançado pela agência espacial americana em 1991, o Uars funcionou até 2005, observando a atmosfera.
Desde então, ele é apenas um entre vários satélites defuntos e outros objetos que sujam a órbita do planeta.
De acordo com a Nasa, há "pelo menos" 20 mil fragmentos com mais de 10 cm nos arredores terrestres.
Nesse "lixão" espacial tem de tudo. Desde satélites inteiros desativados, até peças de foguetes e naves. Também entram na conta câmeras fotográficas e até uma luva "perdidas" por astronautas.
No início do mês, um relatório do Conselho de Pesquisa Nacional dos EUA --entidade privada e sem fins lucrativos que fornece consultoria científica-- afirmou que os detritos espaciais chegaram a um "ponto crítico".
Em junho, o lixo espacial forçou a evacuação da ISS (Estação Espacial Internacional). Os astronautas tiveram que se refugiar na nave Soyuz porque um pedaço de satélite passaria muito próximo. Felizmente, o objeto se desviou e a tripulação pode retornar logo depois.
O bilionário laboratório flutuante, aliás, já foi projetado para resistir ao impacto de pequenos objetos.
Um de grandes proporções, porém, seria desastroso. Por isso, a nave conta com um sistema que permite desviá-la da rota do lixo desgovernado.
Para que isso aconteça, porém, é preciso que o objeto seja detectado com antecedência. Com a quantidade crescente de dejetos, monitorar isso tudo é cada vez mais caro e complicado.
RISCOS
Embora sempre exista a possibilidade de cair na cabeça de alguém, o maior risco mesmo, diz a Nasa, é o de que o lixo se choque com satélites ou naves, prejudicando e muito a nossa vida.
Vagando no espaço, até um fragmento mínimo pode provocar um grande estrago ao colidir com uma nave ou um satélite. Com isso serviços como GPS e transmissões de tevê e internet seriam gravemente prejudicados.
SOLUÇÃO
Apesar de desejável, ainda não é possível fazer uma faxina espacial. Não existe tecnologia para remover todos os fragmentos, especialmente os menores, da órbita terrestre. Os cientistas, porém, continuam tentando.
Entre as alternativas apresentadas, há desde a criação de um sistema de redes gigante, que conseguiria capturar a sujeira, além de sistemas de raios laser que desviariam o lixo de sua rota.




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