Astronomia
Hubble, o Universo e as Lentes Gravitacionais
Uma imagem (acima) de um aglomerado galáctico tirada pelo Telescopio Espacial Hubble fornece uma incrível secção transversal do Universo, mostrando objetos em diferentes distâncias e estágios da história evolutiva cósmica. Eles vão de vizinhos cósmicos em nosso canto aleatório do Grupo Local de Galáxias até objetos tão distantes que ainda estão nos primeiros anos de existência do Universo.
A exposição de 14 horas realizada pelo Hubble captou objetos cerca de um bilhão de vezes mais sutilmente visíveis do que teria captado um olho humano no mesmo período.
A maior parte das galáxias nesta imagem estão a aproximadamente cinco bilhões de anos-luz da Terra, apesar de haver tanto objetos muito mais perto quanto muito mais longe também.
Astrônomos dizem que muitos dos objetos que parecem estar próximos na imagem podem na verdade estar a bilhões de anos-luz uns dos outros. Isso é por que muitos grupos de galáxias estão na mesma linha de nosso campo de visão, provocando um tipo de ilusão de óptica. A secção transversal do Universo feita por Hubble é completada por imagens distorcidas de galáxias no muito distante fundo do Universo.
A Lente Gravitacional
Esses objetos são por vezes distorcidos devido ao processo chamado "Lente Gravitacional", uma técnica bastante valiosa para estudar objetos muito distantes. Esse processo é causado pela deformação do continuum espaço-tempo em decorrência da presença de um objeto de grande massa (galáxias e buracos negros) próximos ou entre a linha de visão do observador (no caso o Hubble) e os objetos mais distantes a serem observados.
Assim, a luz realiza um movimento curvilíneo em sua proximidade, devido ao desvio do fóton quando passa pela área do espaço-tempo deformada. Isto é, quando se aproxima de uma outra galáxia ou buraco-negro.
Por isso o efeito da Lente Gravitacional nos permite rastrear Buracos-Negros, pois apesar de não vê-los, podemos ver seus "rastros".
A Lente gravitacional foi prevista pela Teoria da relatividade geral de Einstein e também é uma evidência da matéria-escura, uma vez que algumas lentes se formam mesmo quando aparentemente não há corpos celestes lá.
Esse efeito é uma grande técnica de astronomia observacional por permite-nos observar objetos distantes com muitos detalhes, afinal, o objeto massivo entre o telescópio e o objeto a ser observado funciona como uma lente.
Quando o corpo massivo não está precisamente entre o telescópio e o objeto, há uma deformação, um tipo de raio de luz na imagem, como você já deve ter visto.
Uma das lentes gravitacionais presentes na imagem do Hubble é chamada CLASS B1608+656, que aparece como uma pequena ondulação mo centro da imagem. Aparece por causa de duas galáxias de primeiro-plano que distorce e amplificam a luz de um distante Quasar. A luz desse Quasar demorou nada mais nada menos que
9 bilhões de anos para nos alcançar. Isso são dois terços da idade do Universo.
[Science Daily, Nasa]
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