Astronomia
Dilma anuncia investimentos no programa espacial brasileiro
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira que o governo fará investimentos para fortalecer o programa espacial brasileiro. De acordo com ela, o Brasil não pode renunciar a sua meta de construir, lançar e operar satélites.
A presidente afirmou que o investimento será por meio da contratação de profissionais para a AEB (Agência Espacial Brasileira) e para os órgãos executores desse programa. Haverá também injeção de recursos.
Dilma negou que o Brasil tenha suspendido seu programa espacial após a explosão ocorrida em 2003, que destruiu parte da base espacial de Alcântara, no Maranhão, e provocou a morte de 21 cientistas.
A presidente disse que a meta é ter um programa espacial autônomo, capaz de atender às demandas da sociedade brasileira e de fortalecer a soberania do país.
Para Dilma, o programa espacial é estratégico para o país, pois o Brasil necessita de satélites para vigiar o território, auxiliar na previsão do tempo e prevenir os danos causados pelos desastres naturais.
Ela acrescentou que os satélites também são estratégicos para o país em áreas como defesa, comunicações e a segurança hídrica e alimentar.
FOGUETE NACIONAL Além do desenvolvimento e da operação de satélites, que o Brasil já alcançou graças a um acordo com a China, o programa espacial brasileiro prevê o desenvolvimento de um foguete próprio para transportar os satélites.
Dilma anunciou recursos para o programa um dia depois de o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, admitir a possibilidade de negociar um novo acordo de cooperação para lançar foguetes americanos a partir da base de Alcântara.
Em 2000, Brasil e EUA assinaram um acordo para permitir à Nasa (agência espacial americana) o uso da base espacial brasileira que não foi ratificado pelo Congresso devido à oposição do PT.
Na ocasião, o partido alegou que o acordo violava a soberania do Brasil por não permitir a participação de técnicos brasileiros nos lançamentos americanos.
Mercadante admitiu que, após a assinatura no sábado de um acordo de cooperação espacial entre os dois países durante a visita ao Brasil do presidente americano, Barack Obama, é possível negociar um novo tratado para compartilhar a base de Alcântara sem os mecanismos vetados no passado
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