Após o fracasso do Cbers 3, Brasil pode ter novo satélite no fim de 2014
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Após o fracasso do Cbers 3, Brasil pode ter novo satélite no fim de 2014


Ministério da Ciência diz que lançamento do Cbers 4 deve ser antecipado.
Cbers 3 não entrou em órbita após falha no equipamento lançador.


Após o fracasso no lançamento do Cbers 3, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pretende antecipar a colocação de um novo satélite brasileiro em órbita. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estuda lançar até o fim de 2014 ou até maio de 2015 um novo satélite denominado Cbers 4.
As datas foram discutidas na terça-feira (10) em uma reunião com o comitê de coordenação do programa Cbers em Beijing, na China, que também discutiu as causas do fracasso na operação do lançamento do Cbers 3. Além do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, participaram o presidente da Agência Espacial Brasileira, José Raimundo Braga Coelho, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, e técnicos chineses, responsáveis pelo desenvolvimento de parte do satélite, pelo foguete Longa Marcha-4B e pelas operações de lançamento.

Imagem divulgada pela Reuters mostra peça que caiu do foguete Longa Marcha 4B, veículo que levou o satélite Cbers-3 ao espaço (Foto: Reuters/Stringer)
Imagem divulgada pela Reuters mostra peça que
caiu do foguete Longa Marcha 4B, veículo que levou
o Cbers 3 ao espaço. (Foto: Reuters/Stringer)

Inicialmente, o lançamento do Cbers 4 - que tem as mesmas características do Cbers 3 -- estava previsto para acontecer em um prazo de dois anos, ou seja, final de 2015. Ele iria substituir o Cbers 3, que teria vida útil de três anos, e garantiria a continuidade do programa espacial.
Os equipamentos para a montagem do Cbers 4 foram adquiridos em contratos celebrados juntos aos do Cbers 3. O novo satélite também tem estimativa de custo de R$ 160 milhões ao governo do Brasil e, assim como o seu antecessor, deve ser montado no Laboratório de Integração e Testes do Inpe.
O órgão assegura que as demandas de programas nacionais não ficarão descobertas neste período em que o país ficar sem satélites em órbita. Para isso, o Brasil vai utilizar dados de outros satélites como o indiano Resourcesat-2 e o americano Landsat-8.

 Satélite CBERS (Foto: Editoria de Arte/G1)

Fracasso do Cbers 3 Imagem divulgada nesta terça-feira (10) pela agência Reuters mostra moradores da vila Sanxi, na província de Jiangxi, coletando componente que se soltou do foguete Longa Marcha 4B, que decolou na madrugada desta segunda (9) com o satélite sino-brasileiro Cbers-3. O equipamento não entrou em sua órbita após uma falha na terceira e última etapa do lançador.
O fracasso do lançamento foi confirmado por técnicos chineses às 4h30 (hora de Brasília). Segundo o Inpe, o motor de propulsão do veículo espacial chinês foi desligado 11 segundos antes do previsto e impediu que o satélite atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita. As causas do problema são investigadas.
O foguete chinês Longa Marcha 4B já tinha operado 34 vezes, com sucesso, antes de levar o Cbers-3 ao espaço. O governo brasileiro investiu R$ 160 milhões no projeto. O satélite não era resguardado por nenhum tipo de seguro.

Satélite seria avanço no monitoramento do Brasil
O Cbers-3 foi projetado com quatro câmeras, de diferentes resoluções e capacidade de captação, responsáveis por coletar imagens com maior qualidade de atividades agrícolas e contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos ilegais e queimadas ? foco de projetos ligados também ao Ministério do Meio Ambiente, como o Prodes e o Deter.

Dificuldades para criar novas tecnologias espaciais, consideradas complexas, atrasaram o programa, segundo o diretor do Inpe, Leonel Perondi, que está no país asiático e acompanhou o envio do satélite ao espaço.

O objetivo do Cbers-3 seria preencher um vácuo deixado pelo Cbers-2B, que encerrou suas atividades em 2010. Desde então, o programa sino-brasileiro ficou sem equipamentos para fornecer imagens aos países parceiros. Também foram lançados o Cbers-1 e Cbers-2, que já não funcionam. O Brasil tem 50% de participação no novo equipamento. Antes, a participação no desenvolvimento de satélites com a China era de 30%.

Fonte: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/12/apos-o-fracasso-do-cbers-3-brasil-pode-ter-novo-satelite-no-fim-de-2014.html



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