Astronomia
Em 2012, a equipe da missão Voyager anunciou que a sonda Voyager 1 já havia alcançado o espaço interestelar, viajando para mais longe da Terra do que qualquer outro objeto criado pelo homem.
Os cientistas preveem que, nos próximos dois anos, a Voyager 1 vai atravessar a folha atual ? a superfície em expansão dentro da heliosfera, onde a polaridade do campo magnético do Sol muda de mais para menos. A sonda irá detectar uma reversão no campo magnético, provando que ele ainda está dentro da heliosfera. Mas, se a reversão do campo magnético não acontecer no próximo ano ou dois, como esperado, que é a confirmação de que a Voyager 1 já passou para o espaço interestelar.
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Astronomia
A Voyager realmente alcançou o Espaço Interestelar?
Em 2012, a equipe da missão Voyager anunciou que a sonda Voyager 1 já havia alcançado o espaço interestelar, viajando para mais longe da Terra do que qualquer outro objeto criado pelo homem.
No entanto, nos quase dois anos desde que o anúncio histórico, a incerteza sobre se realmente Voyager 1 cruzou o limiar continua. Alguns cientistas dizem que a nave ainda está dentro da heliosfera ? uma região do espaço dominada ainda dominada pelo Sol, preenchida pelos ventos solares e com comprimento de cerca de 100 UA do Sol ? e ainda não atingiu o espaço entre as estrelas.
Agora, dois cientistas da equipe da Voyager desenvolveram um teste que eles dizem poder revelar de uma vez por todas se a Voyager 1 cruzou a fronteira. O novo teste é descrito em um estudo aceito para publicação na revista Geophysical Research Letters, um jornal da União Geofísica Americana.
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| Imagem do site apolo11.com |
"Essa polêmica vai continuar até que seja resolvido por meio de medições", disse George Gloeckler, professor em ciências atmosféricas, oceânicas e espaciais na Universidade de Michigan em Ann Arbor e principal autor do novo estudo.
Gloeckler trabalhou na missão Voyager desde 1972 e tem sido um dos contrários à opinião de que a Voyager 1 entrou no espaço interestelar. Ele disse que, embora a espaçonave tem observado muitos dos sinais que indicam que pode ter atingido o espaço interestelar, como raios cósmicos, a Voyager 1 não vê uma mudança no campo magnético que muitos estavam esperando.
Voyager 1 e 2 foram lançados em 1977 para estudar Júpiter e Saturno. A missão foi estendido para explorar os limites extremos de influência do Sol e além. Voyager 2, que também passou por Urano e Netuno, está também a caminho para o espaço interestelar.
Gloeckler e seu co-autor, Len Fisk, também professor em ciências atmosféricas, oceânicas e espaciais na Universidade de Michigan, estão baseando seu novo teste em um modelo que desenvolveram e publicaram no início do ano (2014) no The Astrophysical Journal. O modelo assume que o vento solar está a abrandar (reduzindo a velocidade de expansão) e, como resultado, ele pode ser compactado (se estabelecer a uma distância). Partindo desse pressuposto, o estudo diz que a Voyager 1 está se movendo mais rápido do que o vento solar e irá encontrar folhas atuais da heliosfera, onde a polaridade do campo magnético se reverte, provando que a nave ainda não deixou a heliosfera. Os cientistas prevêem essa inversão provavelmente irá acontecer durante 2015, com base em observações feitas pela Voyager 1.
Gloeckler trabalhou na missão Voyager desde 1972 e tem sido um dos contrários à opinião de que a Voyager 1 entrou no espaço interestelar. Ele disse que, embora a espaçonave tem observado muitos dos sinais que indicam que pode ter atingido o espaço interestelar, como raios cósmicos, a Voyager 1 não vê uma mudança no campo magnético que muitos estavam esperando.
Voyager 1 e 2 foram lançados em 1977 para estudar Júpiter e Saturno. A missão foi estendido para explorar os limites extremos de influência do Sol e além. Voyager 2, que também passou por Urano e Netuno, está também a caminho para o espaço interestelar.
Gloeckler e seu co-autor, Len Fisk, também professor em ciências atmosféricas, oceânicas e espaciais na Universidade de Michigan, estão baseando seu novo teste em um modelo que desenvolveram e publicaram no início do ano (2014) no The Astrophysical Journal. O modelo assume que o vento solar está a abrandar (reduzindo a velocidade de expansão) e, como resultado, ele pode ser compactado (se estabelecer a uma distância). Partindo desse pressuposto, o estudo diz que a Voyager 1 está se movendo mais rápido do que o vento solar e irá encontrar folhas atuais da heliosfera, onde a polaridade do campo magnético se reverte, provando que a nave ainda não deixou a heliosfera. Os cientistas prevêem essa inversão provavelmente irá acontecer durante 2015, com base em observações feitas pela Voyager 1.
"Se isso acontecer, eu acho que se alguém ainda acredita que a Voyager 1 está no meio interestelar, eles realmente terão algo para explicar", disse Gloeckler. "É uma assinatura que não pode ser desperdiçada."
Alan Cummings, cientista de pesquisa sênior do California Institute of Technology, em Pasadena e um co-investigador da missão Voyager, acredita que a Voyager 1 provavelmente está no espaço interestelar, mas ele disse que há uma possibilidade de que Gloeckler e Fisk estarem certos. Ele disse que se a Voyager 1 experimentar uma travessia atual como o que está sendo proposto no novo estudo, ele também pode significar que a heliosfera está se expandindo e "ultrapassou" a nave novamente.
"Se o campo magnético tivesse colaborado, eu não acho que nós estaríamos tendo essa discussão", disse Cummings. "Este é um quebra-cabeça. Ele é muito razoável para explorar explicações alternativas. Nós não entendemos tudo o que aconteceu lá fora."
Stephen Fuselier, diretor do departamento de Ciência Espacial do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, Texas, que não está envolvido com a investigação e não está na equipe Voyager 1, disse que os cientistas vêm com um bom teste para provar de uma vez para todos, se a Voyager 1 cruzou para o espaço interestelar. No entanto, ele não concorda com a suposição de que o modelo proposto está fazendo sobre a rapidez com que o vento solar está se movendo. Porém, ele disse que não há maneira de medir essa velocidade de fluxo e se as suposições de Gloeckler e Fisk estiverem corretas, o modelo faz sentido e Voyager 1 ainda pode estar dentro da heliosfera.
Stephen Fuselier, diretor do departamento de Ciência Espacial do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em San Antonio, Texas, que não está envolvido com a investigação e não está na equipe Voyager 1, disse que os cientistas vêm com um bom teste para provar de uma vez para todos, se a Voyager 1 cruzou para o espaço interestelar. No entanto, ele não concorda com a suposição de que o modelo proposto está fazendo sobre a rapidez com que o vento solar está se movendo. Porém, ele disse que não há maneira de medir essa velocidade de fluxo e se as suposições de Gloeckler e Fisk estiverem corretas, o modelo faz sentido e Voyager 1 ainda pode estar dentro da heliosfera.
[ScienceDaily]
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