Órbitas do Sistema Solar
Astronomia

Órbitas do Sistema Solar



Os corpos menos massivos orbitam os mais massivos (e portanto de maior gravidade) e, como o Sol absorveu 99% da massa da nebulosa colapsada que gerou à ele e ao Sistema Solar (Leia Formação do Sistema Solar), é óbvio que é ele o corpo mais massivo de nosso sistema planetário e, portanto, o que todos os outros corpos orbitam.

A extensão da força gravitacional do Sol foi calculada com a gravitação de Newton e descobriu-se que seu limite ativo está a cerca de 50 000 UA de nossa estrela. É lá que se localiza a Nuvem de Oort, conhecida como sendo o limite do Sistema Solar. Além dela, os corpos não estão mais em órbita em torno do Sol - depois da Nuvem de Oort está o "meio interestelar". Porém, não falaremos disso nesse artigo.

Do Sol, partindo em todas as direções, até a Nuvem de Oort, estão trilhões de objetos. Em grande maioria são pequenos meteoroides, maiores que um grão de areia porém bem menores que um asteroide. Os asteroides e os cometas representam o que chamamos de "corpos menores" e estão em grande número, representados aos milhões (possivelmente alcançam a casa do bilhão). E há, obviamente, os planetas e planetas anões, com seus satélites. Todos a vagar em torno da Estrela-Mãe, nosso Sol.


Excentricidade Orbital



Kepler nos mostrou que os planetas (assim como tudo que orbita o Sol) não tem órbitas circulares, como por 2 000 anos se pensou, mas sim órbitas elípticas, com o Sol em um dos focos (próximo à uma das extremidades) regidas pelas chamadas "Três Leis de Kepler". Entretanto, a excentricidade orbital varia quando se compara os diferentes componentes do Sistema Solar.




Planetas


Os planetas e os asteroides tem órbitas quase que perfeitamente circulares (quase, ok Aristóteles?), apenas levemente elípticas, mas o são, de fato. Isso significa que planetas possuem uma baixa excentricidade orbital, que representa exatamente o quão a órbita de um corpo difere do formato circular. Quanto maior o valor da excentricidade, significa que mais elíptica é a órbita, o que quer dizer que uma órbita absolutamente circular, sonho dos gregos, teria excentricidade 0 (zero).

Tanto planetas (sejam anões ou não) como asteroides tem excentricidade de valor entre 0 e 0,1 (com exceção à mercúrio), o que é muito pouco, mas ainda significa que suas órbitas são elípticas. Podemos observar os valores do grau de excentricidade de cada planeta na tabela ao lado. Como se vê, a órbita mais excêntrica, dentre os planetas, é a de Mercúrio, o mais próximo do Sol. Mesmo assim, não podemos afirmar que essa é a causa de sua excentricidade, pois os valores, após dele, não condizem com essa concepção.




Cometas


No entanto, estes números diminutos desaparecem quando o assunto são cometas, pois estes tem excentricidade acima de 0,5.

Eles são os corpos cuja órbita tem a maior excentricidade conhecida (como se nota pela imagem a esquerda), se afastando muitíssimo do formato circular, por isso, costuma-se dizer que possuem uma elipse "bem alongada (esticada)". Os cometas que orbitam o Sol têm duas classes: os de longo período o de curto período. O "período" referido, é exatamente o período orbital, isso é, o tempo que leva para completar uma volta. Os de curto período têm origem no Cinturão de Kuiper, além da órbita de Netuno, e tem um período de menos de 200 anos. O famoso cometa Halley, por exemplo, é um cometa de curto período, uma vez que seu período é cerca de apenas 60 anos.

Quanto aos cometas de longo-período, pensa-se que se originam na Nuvem de Oort, muito distante do Cinturão de Kuiper. A órbita desses cometas é extremamente peculiar, pois o cálculo conduz quase à uma parábola. Isso significa que, se o cometa realmente voltar, isso só irá acontecer muito depois de 200 anos.

Para concluir, abaixo está uma comparação visual entre o grau de excentricidade aproximado da órbita dos planetas, um círculo, uma elipse de excentricidade quase completa (0,99) e da órbita de quatro cometas.




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