Grus ( Grou )
Astronomia

Grus ( Grou )



Ilustração da constelação de Grus ( Grou ), segundo Bayer


Dados da constelação:
Abreviatura oficial:  Gru
Genitivo usado para formar o nome das estrelas:  Gruis
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes:  33°N ? 90°S 
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes:  53
°N ? 33ºN
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite:  28 Ago


A ave que inspirou o desenho da constelação, o Grou
O Grou é bastante fácil de se localizar no céu, não só devido a conter estrelas relativamente brilhantes, como também pela proximidade da constelação do Peixe Austral e da estrela Alfa desta, Fomalhaut, uma das mais brilhantes do céu; para além disso, o seu formato característico lembra-nos a figura de uma ave parecida com um flamingo - aliás, em versões posteriores do globo celeste em que foi representada pela primeira vez, o autor apresentava a constelação com o nome alternativo " Phoenicopterus ", o " Flamingo ".



É de origem moderna, introduzida por Petrus Plancius, a partir das observações dos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman, que cartografaram o céu do hemisfério Sul entre 1595 e 1597. A maioria das constelações visualizadas por Keyser e de Houtman representa animais exóticos que os navegadores encontraram na sua expedição às Índias Orientais. Por ser de origem moderna, não possui nenhuma lenda associada embora, antes de ser apresentada como uma constelação independente, as estrelas de Grus fizessem parte da constelação do Peixe Austral, facto que pode ser verificado na origem de alguns dos seus nomes próprios.



Não possui objectos celestes de particular interesse para o astrónomo amador.



Quarteto de Grus - Clicar para ampliar
O motivo mais apelativo da constelação é o Quarteto de Grus, um grupo de galáxias bastante próximas umas das outras ( e interagindo entre si ), apenas observáveis com telescópios semi-profissionais ( de abertura superior a 200 mm ), ou recurso a registos fotográficos, à semelhança de outras galáxias desta área do céu. Devido ao facto de não ser acessível à larga maioria dos observadores, faz-se aqui referência e apresenta-se uma imagem deste quarteto apenas a título de curiosidade, sem a sua descrição ou detalhes para observação; pelo mesmo motivo, não se encontra assinalado no mapa da constelação.







Localizem-se as estrelas da constelação no mapa:


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Mapa com fundo branco 

Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.

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Estrelas mais notáveis:


- ? (Alfa), tem o nome próprio Alnair, de uma expressão árabe que refere " a brilhante " ( da cauda do peixe, pois para os Árabes antigos a constelação do Grou fazia parte da figura do Peixe Austral ). É uma gigante branco-azulada de Magnitude 1.7 .
- ? (Beta), é uma gigante vermelha de Mag. 2.1 .
- ? (Gama), tem o nome próprio Al Dhanab, de uma expressão árabe que menciona " a cauda " ( do peixe pois, como foi referido acima, para os Árabes antigos a constelação do Grou fazia parte da figura do Peixe Austral ). É uma estrela branco-azulada de Mag. 3.0 .
- ? (Delta), é uma dupla óptica ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é apenas fruto da perspectiva ) que pode ser observada separada nas componentes individuais a olho nu, e muito interessante através de binóculos ou telescópios. É formada por duas estrelas gigantes ( uma amarela e outra vermelha ) de Magnitude muito semelhante: 4.0 e 4.1 .
- ? (Épsilon), é uma anã branca de Mag. 3.5 .

Estas cinco estrelas principais da constelação encontram-se a distâncias que variam entre os 170 e os 340 anos-luz de nós.





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