Brasil assina acordo para virar membro de observatório europeu
Astronomia

Brasil assina acordo para virar membro de observatório europeu


Conforme a expectativa do governo, foi assinado na quarta-feira, no Ministério da Ciência e Tecnologia, o documento que formaliza o acordo para a entrada do Brasil no ESO (Observatório Europeu do Sul). A informação havia sido antecipada na última sexta-feira pela Folha.
É a última iniciativa de vulto promovida por Sergio Rezende no comando do ministério. Agora, o acerto será enviado ao Congresso para que possa entrar em vigor. Estima-se que o Brasil gastará cerca de R$ 555 milhões nos próximos 11 anos para se tornar membro do consórcio europeu.
Será o primeiro país fora da União Europeia a se juntar ao grupo (fora o Chile, que abriga os telescópios).
Telescópio Apex, no deserto de Atacama (Chile), que faz parte do projeto do Eso (Observatório Europeu do Sul)
Telescópio Apex, no deserto de Atacama (Chile), que faz parte do projeto do Eso (Observatório Europeu do Sul).

Trata-se de um investimento sem paralelo na história da astronomia brasileira, mas há um risco envolvido. No ESO, todos os projetos de pesquisa são aprovados com base no mérito, e não há tempo de observação garantido para os países-membros.
VALE A PENA?
Há quem acredite que o Brasil meramente bancará estudos estrangeiros, embora a maioria da comunidade astronômica nacional aposte na competitividade de seus trabalhos como trunfo para fazer uso das instalações.
O custo do acordo cresce com o tempo, até atingir o mesmo nível de investimento dos europeus, em 2021.
"A gente, quando entra em algo de risco, tem de entrar confiante de que as coisas vão continuar melhorando", disse à Folha Rezende, que aposta que não devem faltar recursos para que o país honre o compromisso. "Estamos falando de dez anos. Nos últimos dez anos, o orçamento da ciência brasileira se multiplicou por quase oito."
A entrada do Brasil no ESO também é comemorada pelos astrônomos como um elo com os poderosos telescópios gigantes da próxima geração, que estão agora em fase de planejamento.
Dos três principais projetos internacionais, o GMT (Telescópio Gigante Magalhães), o TMT (Telescópio de Trinta Metros) e o E-ELT (Telescópio Extremamente Grande Europeu), o ESO tem mais vínculos com esse último, que terá um espelho de 42 metros e deve ser inaugurado em uma década.



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